Goiás adota novo método para tratamento de tuberculose resistente

Goiás adota novo método para tratamento de tuberculose resistente
Novo tratamento, já usado pelo HDT, adota regime de administração de comprimidos por um período de seis meses (Foto: Iron Braz)

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), iniciou a implantação de um novo esquema de tratamento para os casos de tuberculose multirresistente.

Essa nova abordagem contempla a introdução do medicamento Pretomanida, em associação com outros remédios, o que possibilita a diminuição do tempo de tratamento e aumenta significativamente as chances de cura do paciente.

O secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, destaca que o protocolo para o tratamento da tuberculose multirresistente segue as diretrizes do Ministério da Saúde.

“Esse esquema, denominado BPal (Bedaquilina, Pretomanida e Linezolida), estabelece um regime de administração de comprimidos por um período de apenas seis meses, o que é menos desgastante para as pessoas que têm a doença na forma resistente”, enfatiza o gestor. Até então, o tratamento da enfermidade tinha duração de 18 meses.

Rasível Santos acentua que a diminuição do tempo representa um avanço a mais proporcionado pelo Governo de Goiás, que elencou a Saúde como uma das prioridades da gestão estadual.

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A pretomanida é um dos medicamentos do novo esquema contra tuberculose resistente (Foto: SES)

Ele informa que o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) é a unidade de referência para o atendimento, tratamento e acompanhamento dos casos de tuberculose multirresistente. Atualmente, conforme o secretário, o HDT acompanha 18 pacientes acometidos pela doença.

O coordenador do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e Microbactérias Não-Tuberculosas, Emílio Alves Miranda, ressalta que a enfermidade representa um grande desafio para a saúde pública no Brasil e está associada à baixa adesão ao tratamento, falta de conscientização sobre a doença e condições de vulnerabilidade social.

“Essa situação impacta diretamente o sistema de saúde, aumentando os custos e a taxa de mortalidade da doença”, acentua. Ele ressalta que a introdução do novo protocolo vai proporcionar esperança e melhorar a qualidade de vida do paciente.

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